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domingo, 14 de setembro de 2014

ESPORTE: UM FATOR DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Redação: Roberto Jardim e Anna Magagnin / Produção: @rsesporte_com / Fotos: Brunno Prado / FUNDERGS

Dirigentes, atletas e empresários debatem a cadeia produtiva do esporte no Brasil



Sede da Copa do Mundo e palco de grandes eventos esportivos num futuro próximo, o RS reuniu, através do seminário o Esporte: um Fator de Desenvolvimento Econômico, representantes de diferentes segmentos da economia para debater a cadeia produtiva do esporte e as transformações do setor no país, nesta quarta-feira (10), na AMRIGS. O encontro foi organizado pela Secretaria Estadual do Esporte e do Lazer (SEL), com apoio do Ministério do Esporte (ME), da Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (FUNDERGS), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Escala Esportes, núcleo de Marketing Esportivo da Agência Escala.

Durante o encontro, o Governo do Estado anunciou, através da Secretaria de Esporte e Lazer a realização do Mundial de Handebol Júnior Masculino e Mundial de Rally, em 2015, além do Mundial de Muay Thai, em 2016, já confirmado.

O evento de handebol será realizado nas cidades de Caxias do Sul, Santa Maria, Farroupilha e Campo Bom. Já o evento de Rally ocorrerá em Erechim e a aprovação da cidade pela Federação Internacional de Automobilismo ocorreu nesta quarta-feira.

O seminário foi dividido em três temas, As Perspectivas da Gestão do Futebol, O Desenvolvimento e o Empreendedorismo Esportivo, O Papel do Estado e o Desenvolvimento do Esporte. No encerramento, foi apresentado o talk show Diálogo Aberto, com um debate geral sobre o tema principal do seminário.

Na abertura, em nome do governador do Estado, Tarso Genro, o secretário Estadual do Esporte e do Lazer, Ricardo Petersen, falou da importância das políticas públicas, citando as leis de incentivo e a parceria entre Estado, iniciativa privada e clubes no desenvolvimento do esporte brasileiro. Petersen também louvou o tema do seminário, apontando a falta de pesquisas nessa linha. “Carecemos de estudos sobre o impacto das atividades esportivas na economia. Mas desde o quimono que é comprado para um projeto social até o maior evento esportivo fazem a economia girar”, comentou.

O secretário Nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, que participou da abertura e do painel O Papel do Estado e o Desenvolvimento do Estado, apresentou a preparação para as Olímpiadas de 2016, lembrando o aumento da verba para os esportes de alto rendimento, que passaram de R$ 4 milhões, em 2009, para R$ 1 bilhão neste ano. O secretário elencou os diversos tipos de apoio que o Governo Federal vem dando às modalidades, entre convênios, leis de incentivo, Bolsa-Atleta, infraestrutura, reforma e equipagem de centros de treinamento e, mais recentemente, o Plano Brasil Medalhas. “O investimento começou a crescer a partir de 2001. Depois temos o Bolsa-Atleta, em 2005, e a Lei de Incentivo ao Esporte, em 2007. Há uma série de ações que estão acontecendo há algum tempo. A preparação para 2016 ficou ainda mais intensa em 2010. Agora estamos no esforço final, em que os atletas começam a apresentar as conquistas”, explicou Ricardo.

GESTÃO DO FUTEBOL

Com a mediação do secretário Petersen, a mesa Perspectivas da Gestão do Futebol, contou com a participação do vice-presidente de Marketing do Sport Club Internacional, Adauri Silveira, e o presidente do Conselho de Administração do Grêmio Foot-ball Porto Alegrense. Silveira apresentou números que comprovam a importância dos clubes na economia do país. Segundo os dados apresentados pelo dirigente colorado, mais de 300 mil pessoas trabalham diretamente na modalidade. Silveira também ressaltou a necessidade da profissionalização da gestão do futebol. Mesmo assunto apresentado por Romildo Bolzan Júnior, que falou da necessidade da autossustentabilidade dos clubes e salientou a importância da lei de responsabilidade fiscal, que tramita no Congresso. Segundo o dirigente gremista, a nova legislação deverá ser o principal propulsor para uma nova cultura de gestão do futebol brasileiro.

O PAPEL DA INDÚSTRIA

Movimentando R$ 72 bilhões do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, a cadeia produtiva do esporte foi tema do painel O Desenvolvimento e o Empreendedorismo Esportivo. O debate contou com a participação do presidente da Associação Brasileira de Indústria do Esporte (ABRIESP), Maurício Fernandez, da diretora adjunta de Promoção Comercial e Atração de Investimentos da AGDI, Daniela Carolina Eckert, e da diretora de Esporte e Lazer da FIERGS, Lisiane Mendonça, e foi mediado pelo professor de Engenharia da Produção Ricardo Cassel. Segundo os palestrantes, o momento esportivo do país é propício para as discussões e inserção de setores da indústria no desenvolvimento do esporte e na geração de renda a partir das atividades esportivas, sejam de alto rendimento, de base ou da população em geral.

TALK SHOW

O Talk Show Diálogo Esporte reuniu o campeão mundial de volêi Gustavo Endres, o presidente da Federação Brasileira de Handebol, Manoel Luiz Oliveira, o representante da Convention e Visitors Bureau, José Amilton Lopes, o diretor da Escala, Alfredo Fedrizzi e o gestor de clubes esportivos Evandro Bier. O retorno financeiro dos megaeventos e as dificuldades de capatação de recursos junto à iniciativa privada para os altletas, além das potencialidades a explorar economicamente no esporte foram abordados.

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